segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Vitamina D ou não?
Eu comentei em minhas aulas que o ano passado foi o ano da vitamina D, inúmeras publicações a disposição, avaliando os vários aspectos da vitamina D. Mas um aspecto é o mais mirado, seu efeito como imunomodulador. Então devemos avaliar se usamos ou não vitamina D como imunomodulador, os trabalhos em artrite reumatóide estão em andamento. De nota sabemos que crianças que consomem mais vitamina D e população que consome vitamina D em geral tem menor prevalencia de doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 em crianças ou mesmo outras doenças. Vamos pensar por outro lado, a posição do individuo no planeta também pode afetar o estado de vitamina D? Bem, os estudos mostram que é melhor suplementar o colecalciferol que o ergocalciferol, dizem os especialistas que o nivel plasmático responde melhor, e também há um nivel muito de segurança com doses altissimas e doses de 1000ui por dia durante vários anos não mostraram efeitos adversos significativos. Mas até que ponto devemos suplementar a vitamina D? Eu acho que pacientes com doenças autoimunes devem usar doses altas, podendo até dar uma dose de ataque maior, tipo 10.000ui por dia, controlando o nivel de cálcio no sangue e depois diminuindo para 1000ui por dia. Há benefícios adicionais, por exemplo em artrite, o numero de quedas e o de fraturas tenderá a diminui, visto que a vitamina D melhora a função articular, o controle do equilibrio. Há outras possibilidades, dar a vitamina D numa abordagem inclusiva, tipo artrite reumatóide. Eu faria o ácido gama linolenico que formará prostaglandina E1 que é imunomoduladora, ácido eicospentaenóico, que formará prostaglandinas menos inflamatorias e leucotrienos com menor atividade (cerca de 10% do normal) mais vitamina D. Por que não? Seria um ótimo adjuvante no tratamento de artrite reumatóide e outras doenças. Eu acrescentaria uns 3mg de boro elementar e talvez alguns fitoterapicos, como a Boswellia. A Boswellia serrata seria um ótimo adjuvante ao ácido eicosapentaenóico e ao ácido gama linolenico no tratamento de doenças inflamatórias. Também há outras possibilidades, como a Uncaria, a Uncaria tomentosa seria um ótimo diminuidor de TNF-alfa, que daria um sinergismo todo especial. Há abordagens menos problemátics por exemplo em doenças inflamatórias, inibidores de fator nuclear de transcrição B (NF-kB), como por exemplo a curcumina da Curcuma longa, daí uma associação. Trabalhar na cascata inflamatória atuando em vários niveis diferentes, acho que este é o ponto. No final das contas, não excluo no caso de artrite por exemplo o uso de anti-inflamatorios não esteroidais, eu gosto do nimesulide, que é anti-radicais livres. Ou uso de um inibidor da timidilato sintetase, como o metotrexato. Ou mesmo um novo, um biológico, um infliximab ou uma leflunomida. Há várias opções, podemos usar um pouco de cada numa abordagem polifarmácia e suplementar para obter resultados com menores efeitos adversos.
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