sexta-feira, 24 de julho de 2009

Publicações

Após um tempo de ausência volto para comentar alguns artigos. De trás para frente, o ultimo artigo que li foi interessante e reforça o uso de antioxidantes em melasma. Procianidinas do Pinus pinaster, associado a vitamina C e E e betacaroteno demonstrou em estudo publicado no Journal of Experimental Dermatology, melhorar melasma diminuindo pigmentação da pele. Já não é o único trabalho, há trabalhos com o mesmo extrato e com chá verde. Por sinal, com o chá verde teve um artigo publicado mostrando proteção contra radiação ultravioleta quando aplicado topicamente. Outros artigos interessantes tem a ver com o que se designa hoje de lipotoxicidade. O consumo de ácidos graxos trans são bem conhecidos quanto a seu maleficio a saúde, porém os saturados em geral também demonstram este efeito, que podem ser contrapostos por monoinsaturados e poliinsaturados. A tempo, poliinsaturados devem ser analisados quanto o tipo do omega-3 ou 6. Diminuir saturados, aumentar monoinsaturados, diminuir ácido linoleico e aumentar omega-3 parece ser um bom procedimento geral.
Outro artigo é sobre fibrose hepática por hepatite C, publicado no Clinical Liver Disease, mostrando substancias que inibem fibrose, o interessante é a presença de um flavonóide muito conhecido, a quercetina. Dados são cada vez mais interessantes. Outro artigo legal foi um artigo publicado na revista Helicobacter. O estudo associou a terapia antimicrobiana com antioxidantes (C e E) em comparação a apenas terapia antimicrobiana. O resultado é interessante, enquanto a terapia comum deu mais ou menos 60% de erradicação, quando acrescentamos vitaminas a erradicação cresce para 90%. Mas não é o primeiro, há outro associando quelantes de ferro (lactoferrina) melhorando a eficácia da terapia antimicrobiana, acredito que outros quelantes também faça o mesmo, como polifenóis. Num proximo momento voces verão comentários ou terão contatos com artigos com polifenóis, probioticos e vitaminas E e C para aumentar eficácia de terapia antimicrobiana, é só esperar para ver.

domingo, 12 de julho de 2009

Home Page

Olá, estou lançando a minha home page. Na verdade ela está em fase de teste porém voces podem acessá-la no endereço www.sciencehealth.com.br, A home page fornecerá artigos gratuitos para quem quiser baixar, um artigo a cada 24 horas. Há outras áreas de acesso, porém estes estão em desenvolvimento. Cadastrem-se, em breve o meu blog migrará para a home page. Espero que aproveitem. Lembrem-se, chequem suas fontes, não confiem cegamente em informações repassadas, chequem as mesmas. E mais, estudem por artigo cientifico, é a única forma de crescerem.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pré e Pró

Fibras prebioticas tem sido estudadas cada vez mais e mais. Dados indicam que as fibras prebioticas tem aplicação em controle de peso, na verdade os últimos trabalhos são bastante contundentes quanto ao consumo de fibras e perda de peso, mesmo fibras isoladas, segundo os estudo tem a ver com GLP-1. Outros dados estão relacionados a fibras prebioticas e imunoestimulação, efeito bifidogenico na flora e também auxilio no controle de colesterol. Há outros estudos em andamento, o mais interessante associa diferentes fibras a produção de resultados de fermentação diferentes, ou seja, ácidos de cadeia curta são originários da ação de bactérias probióticas em fibras prebioticas e o tipo de fibra e o tipo de bactéria direcionarão a produção de diferentes ácidos. O alvo na minha opinião é sempre o ácido butirico, não apenas por seu efeito no pH intestinal, mas também porque estudos tem demonstrado que o ácido butirico per si tem efeito anti-inflamatorio. Estudos publicados associando ácido butirico e sulfasalazina mostram que há um efeito sinérgico e benéfico ao paciente. O mesmo quanto a probióticos, cepas diferentes tem mostrado efeitos diferentes. Um dado foi publicado este ano, o L. acidophillus é a cepa de escolha para efeito na pele e alergia, sendo que outras cepas parecem não ter efeito tão bom assim. Uma dúvida que sempre encontro em eventos é o horário de administração de probioticos. O que mata o probiotico é o ácido clorídrico e os ácidos biliares. Proteger os lacttobacilli destes agressores pode ser interessante. A pergunta é, quando? Eu respondo baseado em medicamentos lábeis ao pH, nós sempre administramos as refeições de preferencia com uma dieta rica em vegetais e pobre em gordura. Ouço que falam por aí que tem que ser em jejum, mas há artigos mostrando que o melhor momento é as refeições. Peguem uma droga como a garra do diabo. O harpagosídeo é destruido no pH do estomago, a administração é em jejum. O bolo alimentar protege o probiotico da agressão direta. Outro dado, quanto menos rica em lipidios e proteinas a dieta quando administrado probiotico, melhor. Menos CCK será liberada e menos ácidos biliares serão secretados. E cepas, variedade de cepas é sempre importante, a não que tenhamos na mira um efeito especifico.