quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Toxicidade sinérgica

O controle de niveis de elementos tóxicos hoje comete, ao meu ver, um erro grave. Sempre analisamos os elementos tóxicos de forma isolada. Ontem comentei a nova visão sobre toxicologia sinérgica. Os estudos já há alguns anos vem avaliando o sinergismo toxicológico, entre metais por exemplo, sabemos que intoxicações com mercúrio ou arsenio associados com nivel alto de manganês apresentam toxicologia sinérgica, ou seja, há uma potencialização da toxicidade. O mesmo eu sugiro ocorrer com uma associação entre cálcio e zinco. Cálcio em excesso, principalmente idosos é associado a depósito no sistema nervoso central, porém o cálcio é um sinalizante intracelular de neurotransmissão glutamatérgica, o zinco é um estimulante da neurotransmissão glutamatérgica, ambos aumentados no corpo podem trazer danos na neurotransmissão. Não é só neste ponto, vamos pegar o selenio, que em excesso é induz ao hipotiroidismo, o lítio em excesso causa a mesma inibição da atividade tiroideana. Mas o selenio baixo também pode levar a hipotiroidismom, daí o litio em excesso tem toxicologia sinérgica ao selenio em excesso ou selenio em falta. Vamos analisar por outro ponto de vista, isoflavonas e selênio. Isoflavonas alteram a atividade da tiróide e o selenio também. Imaginem a somatória do efeito de ambos, mas vamos levar adiante isso para a nutrição em si. Soja fermentada contém isoflavonas oxidadas que são mais ativas, castanha do Pará podem ter muito selenio. Soja fermentada com castanha do Pará rica em selenio pode causar hipotiroidismo subclinico. No dia a dia vamos entendendo as interações. PCBs e metais tóxicos também podem ter sinergismo toxicológico. No futuro nós teremos uma avaliação do risco toxicológico somando os tóxicantes sinérgicos presentes nos alimentos ou no ambiente e o controle de risco ao ser humano melhorará cada vez mais.

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