sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Seguidores
Olá, adicionei no blog ao lado a opção seguidores para que eu possa saber quem lê meu blog com frequência. Sei que vários não vão se identificar, mas por favor, você que está sendo beneficiado com as informações do blog, por favor se inscreva.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Cálcio
Hoje vou contar uma história que há um tempo eu venho defendendo. Sempre soubemos que o melhor momento para se suplementar ou induzir o indivíduo a ingerir cálcio por conta de perda de densidade mineral óssea é durante a fase de crescimento. Recentemente comecei a acreditar muito nisso, há mais ou menos 10 anos, li alguns artigos muito bons de cálcio e pré-eclampsia, prevenindo a pré-eclampsia em mulheres grávidas de risco, este trabalho foi feito no Irã. As mulheres tiveram uma prevalencia menor, em torno de 5 vezes menos pré-eclampsia, e um fato que me chamou a atenção, mais que o efeito em si do cálcio foi que as crianças no grupo suplementado nasceram com uma média de 500g a mais de cálcio. A pergunta é, o cálcio induziu crescimento? Ou as crianças no grupo não suplementado não cresceram porque a deficiencia de cálcio foi um limitante. Talvez os dois. O cálcio, sem vitamina D tem sido associado a menor pressão arterial, talvez seja este o efeito em pré-eclampsia, mas a pressão mais baixa pode estar associda a dilatação das artérias, o que poderia ser associado a irrigação placentária otimizada, mais nutrientes, mais crescimento. Mas um trabalho em jovens há mais ou menos dois anos, novamente me chamou a atenção, os jovens, suplementados acima da dieta com 1,2g de cálcio em rapazes e 300mg de cálcio em garotas, em ambos grupos a densidade mineral óssea foi maior. Porém os garotos cresceram mais. As garotas tiveram crescimento maior, mas a massa magra aumentou e também o IGF-1. O que pode ser associado ao resultado acima em crianças maiores em mulheres suplementadas, pois muitas mulheres com risco de pré-eclampsia eram primigrávidas, o que poderia ligar o raciocínio em ambos trabalhos. Mas o que me chama atenção este ano é o risco de suplementar cálcio em pacientes idosos, uma prevalencia maior de demencia e de acidente vascular e doença cardíaca nos suplementados. Principalmente mulheres. Ora, mulheres pós-menopausa sem terapia de reposição hormonal tem uma tendencia maior a ter placas ateromatosas, o aumento súbito do cálcio como suplemento vai aumentar o risco de calcificação dos ateromas nas artérias, daí a demencia, que seria isquemica e o acidente vascular. Eu pergunto, como seria se as pacientes usassem hormonio e cálcio? O hormonio protegeria os vasos do ateroma e o cálcio não teria tanto efeito assim, tipo deletério. Então a conclusão de reposição de cálcio é, repor enquanto o paciente está crescendo, crianças, pré-adolescentes, adolescentes e na minha opinião pessoal, nas mulheres enquanto produzindo hormonios sexuais. Depois da menopausa, há risco aumentado, porém devemos avaliar o risco e o benefício do suplemento.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Whey e Aminoácidos essenciais
Bem, hoje li dois artigos muito interessantes, vou comentar aqui. Um foi do Nutrition Research, último numero onde foi suplementado whey protein (proteína do soro do leite) (15g), a quantidade aproximada de aminoácidos essenciais do whey (6,72g), e uma quantidade aproximadamente igual de aminoácidos não essenciais do whey (7,57g). Os pesquisadores avaliaram o nivel de fenilalanina no plasma dos usuários e é evidente o resultado, o whey e os aminoácidos essenciais levaram a um aumento no nivel plasmático de fenilalanina enquanto que os aminoácidos não essenciais não o fizeram. Mas o resultado interessante foi no ganho de massa magra. O whey teve uma performance melhor que os aminoácidos essencais do whey, a diferença foi foi estatisticamente significativa, o que sugere duas possibilidades. Ou os não essenciais fizeram a diferença, ou o whey em si tem um fator adicional (foi a conclusão dos pesquisadores). Outro dado, o nivel de insulina nos usuários de whey foi maior que nos usuários de aminoácidos essencias e não essenciais. De nota, os usuários eram pacientes idosos. O que pode falar em favor do whey para ganho de massa em idosos. Outro dado interessante que eu devo comentar, devemos analisar que os aminoácidos não essenciais tem atividade no organismo, induz secreção de insulina e também poupadora de aminoacidos essenciais, pois muitos dos aminoácidos essencias são precursores de não essenciais, peguem por exemplo a interação dos ramificados (valina, isoleucina e leucina [BCAA]) que interagem na formação de glutamato, glutamina, arginina, citrulina, ornitina e prolina. Se interage para formar arginina, também interage para formar creatina via guanidoacetato, e por aí vai.
O outro trabalho foi da Psychopharmacology deste mês. O estudo forneceu a voluntários humanos (18) saudáveis, de forma duplo-cego, distribuição aleatória e cruzado, triptofano em várias formas como proteina padrão, alfa-lactoalbumina do soro do leite, proteina hidrolisada, l-triptofano puro (0.8g em todos), um peptidio sintético e placebo. Os pesquisadores avaliaram o nivel plasmático de aminoácidos e o humor dos voluntários. Em todos os suplementos, exceto placebo, o nivel plasmático de triptofano aumentou após a ingestão da proteina, sendo que os melhores desempenhos foram da proteina hidrolisada e do peptidio sintético, seguido pelo l-triptofano e depois a alfa-lactoalbumina. De forma interessante, na avaliação de humor, a proteína hidrolisada foi a que apresentou melhor performance associada a aumento de serotonina no sistema nervoso central. O estudo deve ser analisado sob ótima crítica da interferencia de aminoácidos neutros na cinética do metabolismo de triptofano. Estes estudos, mais que elucidar, mostra uma tendência grande a se valorizar o tipo de suplemento, como, porque, onde os mesmos atuam. Aumentando nosso conhecimento. Eu particularmente estudo os aminoácidos e seu metabolismo desde 1988 e tenho lido praticamente tudo sobre eles desde então... Caiu a ficha...! São 20 anos estudando aminoácidos....
O outro trabalho foi da Psychopharmacology deste mês. O estudo forneceu a voluntários humanos (18) saudáveis, de forma duplo-cego, distribuição aleatória e cruzado, triptofano em várias formas como proteina padrão, alfa-lactoalbumina do soro do leite, proteina hidrolisada, l-triptofano puro (0.8g em todos), um peptidio sintético e placebo. Os pesquisadores avaliaram o nivel plasmático de aminoácidos e o humor dos voluntários. Em todos os suplementos, exceto placebo, o nivel plasmático de triptofano aumentou após a ingestão da proteina, sendo que os melhores desempenhos foram da proteina hidrolisada e do peptidio sintético, seguido pelo l-triptofano e depois a alfa-lactoalbumina. De forma interessante, na avaliação de humor, a proteína hidrolisada foi a que apresentou melhor performance associada a aumento de serotonina no sistema nervoso central. O estudo deve ser analisado sob ótima crítica da interferencia de aminoácidos neutros na cinética do metabolismo de triptofano. Estes estudos, mais que elucidar, mostra uma tendência grande a se valorizar o tipo de suplemento, como, porque, onde os mesmos atuam. Aumentando nosso conhecimento. Eu particularmente estudo os aminoácidos e seu metabolismo desde 1988 e tenho lido praticamente tudo sobre eles desde então... Caiu a ficha...! São 20 anos estudando aminoácidos....
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Cancer de Próstata - Experiencia Pessoal
Bem, há uns 4 anos atrás deparei com um exame do meu pai com PSA acima de 40. Fui com ele ano urologista e foi feita toda parafernália de exames. Resultado, ele estava com cancer de próstata, receptor de andrógeno positivo, com metástase na coluna, todo quadril e femur direito. Claro, foi um choque muito grande, pois o grau da metástase já estava elevado e ele já sentia dor óssea quando foi descoberto o câncer. Bem, no final das contas, eu estudava câncer já há muito tempo, câncer de próstata não era complicado, o complicado eram as metástases. Ele fez o tratamento tradicional, um análogo de LHRH. Eu fiz o meu, conversando antes com o urologista. Partindo da premissa da metástase óssea, fiz uma reposição de cálcio, vitamina D e alendronato para melhor a densidade óssea, eu imaginava que melhorando a densidade óssea ele teria menos dor. Partindo da idéia de induzir apoptose da celula neoplásica com peroxidação lipidica, fiz 10 capsulas de 1g de oleo de peixe, totalizando cerca de 2g de EPA e mais 1,5g de DHA. Fiz também GLA (óleo de borage) em torno de 10 cápsulas de 500mg, dando em torno de 2g de GLA. A cada 1 semana por mês, fiz durante um dia na semana 1g de vitamina C efervescente a cada 2 horas mais ou menos. Não fiz só isso, montei um shake imunoestimulante também a base de glutamina, zinco, n-acetilcisteína. No final das contas ele melhorou muito rapidamente da dor óssea, o PSA baixou muito e hoje fica em torno de 0.1, raramente saindo desta variação. Creio que todos os canceres que tem polimorfismo para GST (glutationa -s-transferase) podem ser tratados desta forma, potencializando o efeito da droga antineoplasica e induzindo apoptose da celula por gerar peroxido de hidrogenio intracelular, como a célula que tem polimorfismo para GST tem incapacidade de detoxificar o peróxido de hidrogenio, eu gero tensão oxidativa intracelular onde há polimorfismo e a presença de alta concentração de ácidos graxos poliinsaturados detona uma peroxidação lipidica na célula neoplásica. Lembro que a GST também é a enzima que detoxifica a célula contra agentes nucleofílicos, e na minha teoria, é a parte da interação genética com o meio ambiente. Deixo aqui a minha experiencia para vocês estudarem e levarem para frente a teoria. Lembrem-se, eu fiz baseado inteiramente no meu conhecimento e raciocínio, não há trabalho, de meu conhecimento com esta metodologia. Bem, eu também fiz o velho ingerir ácido elágico. Vocês podem perguntar como, isso há alguns anos atrás. Romã. Cerca de 10 sementes de romã por dia, ingeridos como se fosse comprimidos ou cápsulas. Acredito piamente que a semente da romã talvez seja um dos melhores e mais baratos antioxidantes disponiveis para a população, os estudos são bons em diabetes, doença cardíaca, hipertensão e canceres variados, especialmente o cancer de prostata. Há que se considerar também a inibição do fator indutível por hipoxia com as doses elevadas dos antioxidantes. Meu pai está bem hoje, agora faço creatina e carnitina nele para melhorar a força muscular e diminuir a fadiga. Esta semana trouxe para ele mais omega-3 para continuar umas terapias de pulso.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Sistema Nervoso
Leitores do blog estão fazendo perguntas. Sinceramente, gostaria de responder, mas não sei fazer ainda, assim como não sei operar totalmente este sistema. Alguns pedem para esclarecer o que fiz no cancer, eu postarei na próxima semana o resumo do que eu fiz e as doses, mas eu aviso, eu fiz no meu pai com base no meu conhecimento, falta ainda comprovação científica do tratamento, mas eu tentarei comprovar um dia em teste clinico. Hoje em dia, estudar requer grande dedicação. Alguns valorizam isto, outros não. Vejamos. Ler um artigo e interpretá-lo de forma correta não é apenas entender, há outras variantes que devemos conhecer. A metodologia do trabalho é muito importante, as vezes um erro metodológico põe tudo a perder, e eu já vi muito trabalho com erro metodológico que leva a uma conclusão errada, portanto, devemos ler com critério a área de material e métodos e se houver alguma dúvida, procurar informações em outras referencias bibliográficas. A população testada também é importante. A escolha da população leva a erros e acertos, como por exemplo o uso de afro-americanos em estudos de pressão arterial, antihipertensivo. A população negra responde de forma diferenciada aos medicamentos anti-hipertensivos, tem também uma resistencia maior a nitritos. Sem contar o tamanho da amostra, tamanhos de amostra pequenos podem levar a conclusões falsas, tanto falso-positivo quanto falso-negativo. Outro problema é a análise estatística, a metodologia pode variar e levar a conclusões erroneas. Isso sem falar de patrocinios, interesses financeiros por trás, etc. Ou seja, ler artigo não é só ler, precisamos interpretar e entender, entender e criticar. O interessante disso tudo é que as vezes encontramos profissionais que não entendem o valor de se entender isso. Eu penso que todos deveríamos fazer cursos de interpretação de trabalhos científicos. Com certeza valorizaríamos muito mais o conhecimento e não seriamos induzidos a erros. Uma crítica aqui vai de uma colega que me interrompeu várias vezes para perguntar sobre TRH, ela havia feito um curso antes e estava tirando as dúvidas comigo. Bem, eu não gosto de comentar aulas de colegas, nós devemos ter em mente que devemos aprender sim, lendo e assistindo aulas, com senso crítico e um mínimo de conhecimento e bom senso. Falta para alguns colegas.
domingo, 19 de outubro de 2008
Mitocôndrias
Mitocôndrias devem ser protegidas. Imaginem que é o centro de produção de energia da célula e ao mesmo tempo, é o local onde mais produzimos radicais livres. Bem, isso é meia verdade, segundo estudos, o local onde mais produzimos é o intestino, particularmente na luz intestinal. Bem, mas na fosforilação oxidativa, nós produzimos radicais livres, daí nossa capacidade antioxidante mitocondrial especificamente tem que estar no limite ótimo, sempre. Nunca paramos de produzir energia, daí é lícito imaginar que estamos sempre produzindo radicais livres e portanto precisamos sempre de antioxidantes intramitocondriais. Hà estudos voltados para este tema. Coenzimas mitocondriais estão sendo estudadas, protetores mitocondriais estão sendo estudados e já há estudos falando de coquetéis mitocondriais. Falei sobre isso no meu curso em São Bernardo do Campo. Eu particularmente acho que é interessante protegermos a mitocondria, o risco de deleção no DNA mitocondrial é maior, o DNA mitocondrial é menor que o do nucleo. Menos proteinas expressas, mais risco de lesão com a tensão oxidativa. Bem, eu listarei a seguir moléculas que tem sido associadas a proteção mitocondrial: niacinamida (NADH), riboflavina (FADH2), l-carnitina, creatina, ácido lipoico, glutationa (pode ser NAC), superóxido dismutase mitocondrial (dependente de manganês). Acho que seria um bom coquetel mitocondrial misturar tudo isso num produto e ingerir todo dia.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
N-acetilcisteína
Neste ano, muitos trabalhos estão sendo publicados sobre a N-acetilcisteína (NAC). Há muito nós conhecemos o seu papel como precursor de glutationa (GSH). O raciocínio é simplista, ingerimos NAC que fornece cisteína ao corpo. Quando o aporte de cisteína aumenta, nosso corpo produzi GSH. Se não produzir GSH acumulará cistina, considerado tóxico para a célula. Não confundir, ligações entre dois aminoácidos cisteínas, forma a cistina, com ponte S-S que é importante em proteína fibrosa, mas não como aminoácido livre circulante. Bem, se ingerimos NAC fazemos GSH. GSH é antioxidante, detoxificante de elementos altamente nucleofílicos, imunoestimulante. Não só isso, parece que a GSH tem papel fundamental no metabolismo cerebral, tanto que a NAC tem sido usada em mania e esquizofrenia, mostrando resultados superiores ao placebo. Além disso, o processo de detoxificação é importantissimo nos dias de hoje, principalmente quanto a substancias nucleofílicas. Se estas não são eliminadas ou jogadas para fora das células (é o que o GSH faz), causam lesão ao DNA podendo levar ao cancer. A GSH funciona como antioxidante, doando o próton hidrogenio, formando GSSG, que é reduzido pela glutationa redutase. Cerca de 70% da GSH do nosso corpo vem da redução da GSSG. É um numero meio cabalistimo pro corpo. 70% do combustivel queimado no nosso corpo se perde na forma de calor. 70% do glutamato no SNC vem do cetoglutarato, 70% da GSH vem da GSSG (intervalo). Bem, o fato é que eu penso que GSH sempre é interessante no individuo são no dia a dia moderno. Existem moléculas que estimulam produção de GSH, a saber: N-acetilcisteína, glucosinolatos, isotiocianatos, taurina, leucina. Boa teoria hepatoprotetora e detoxificadora, ingerir vegetais com glucosinolatos e isotiocianatos e ingerir aminoácidos, taurina, leucina e N-acetilcisteína.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Projetos e Aulas
Olá, estou com uma aula marcada para o dia 8 de novembro. Esta é uma aula que sempre faço, de atualização. Eu faço um giro no que há de interessante publicado e comento com os alunos. Nesta aula eu fornecerei os artigos originais integrais em CD-ROM para que os alunos possam estudar depois. Falarei de alguns temas novos e interessantes, como as revisões sobre medicina esportiva e suplementos da ultima semana, o que tá comprovado que funciona em artigos de revisão e meta-análise. Também abordarei alguns produtos novos, como o extrato de romã e suas aplicações diversas, talvez fale sobre o efeito do ácido catalpico na obesidade, mas vou ver ainda. Falarei do uso de NAC em doenças psiquiátricas e o potencial de gerar GSH e mania e esquizofrenia. Falarei também da contraindicação do NAC em intoxicados por mercurio, o porque e como evitar. Além disso focarem num trabalho interessante de coquetel mitocondrial, uma fórmula para as mitocondrias dos pacientes. Há muita coisa interessante, nos ultimos meses começaram a pipocar artigos de omega-3 em autismo e mania, e foi publicado o primeiro trabalho de omega-3 em memória em pacientes com Alzheimer. Esta semana, pródiga, o revista AminoAcids trouxe um numero só sobre prolina, separei alguns artigos para este tema. Também saiu o primeiro trabalho (este ano) de fenilalanina e obesidade, mas também de omega-3 como sacietogenico. Novidades há muitas, inumeráveis. Este mês passado em especial, um artigo legal de vitamina D e espirulina (um de cada) em alergias. Outro dado interessante foi os artigos de solidificação do já existente, o efeito do epa em dislipidemias, o efeito de fitoesteróis em colesterolemia. Tudo isso num dia de aula e mais temas.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Talco, Cancer e Outros
Hoje saiu um artigo ligando uso de talco nas regiões genitais e câncer de ovário. Bem, o trabalho comenta o risco aumentado, que é altíssimo se analisarmos o talco como um produto simples, trissilicato de magnésio. Mas o importante mesmo é a especulação sobre o modo de ação, estando este ligado a polimorfismo de glutationa-s-transferase e acetiltransferase. Venho defendendo há vários anos o uso deste polimorfismo para tratar câncer. Eu realmente acredito que os canceres que apresentam este tipo de polimorfismo possam ser tratados com ácidos graxos poliinsaturados em doses altas, como os omega-3 mais um gerador de estresse oxidativo, particularmente o peróxido de hidrogenio na célula. Daí o tratamento de alguns canceres, pode ser uma associação de altas doses de omega-3 e altas doses de vitamina C. A vitamina C gera tensão oxidativa intracelular, gerando peróxido de hidrogenio e ao mesmo tempo, após ser reduzida, inibindo o HIF, fator indutível por hipoxia, diminuindo a avidez por energia da célula neoplásica. Os omegas, além de melhorarem a permeabilidade da membrana, propiciando fluxo aumentado de droga antineoplásica para o interior da célula, teria um efeito pró-oxidativo, aumetando a formação de peróxidos lipidicos e sinalizando para a apoptose da célula. Além disso, tornaria a célula neoplásica mais sensível também a rádioterapia. Eu usei este tipo de tratamento em meu pai, com cancer de próstata, mais o tratamento convencional. O interessante de tudo é que ele hoje está muito bem, e quando descobrimos o cancer, há uns 4 anos atrás ele estava com metástase na coluna, quadril e parte do fêmur. Usei naquela época um tratamento a base de alendronato e cálcio para inibir a metástase óssea, e usei os omegas-3 em altas doses e vitamina C em alta dose.
sábado, 11 de outubro de 2008
BCAA
Boa noite. Foi postado um comentário sobre BCAA e leucina. Como é o primeiro, eu responderei. Bem não há muita novidade sobre leucina, o que sabemos hoje é que a leucina é o aminoácido ramificado importante para a função muscular. Aliás, não apenas função muscular, mas também para a função de mtor (mammalian target of rapamycin), que é uma proteína sinalizante para crescimento muscular. Bem, há um mês foi publicado um trabalho que valida o momento de uso dos aminoácidos, sem os aminoácidos, o efeito da insulina no crescimento muscular ou no mtor é deficitário ou não existe, daí o que existe para massa é leucina, insulina e aminoácidos essenciais, este ao meu ver é o limitente do ganho de massa atualmente. A leucina também mostra efeitos termogenicos, imunoestimulantes e, ao estimular mtor, a leucina também é capaz de estimular fibroblastos, hepatócitos e neuronios a produzir proteinas. Dai entende-se que a leucina pode ser ótima para induzir o fibroblasto a produzir colágeno, o hepatócito a produzir glutationa (o que pode em parte explicar o efeito antioxidante do whey) e o neuronio a produzir proteinas e armazenar informações. Há muito ainda a ser confirmado. Enriquecer qualquer proteína com leucina é um bom método para estimular massa. Eu faria uma mistura de whey, colageno, soja e albumina e enriqueceria tudo com leucina para ganho de massa. E observar a presença de sulfurados, pois é importantíssimo.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Estréia
Olá, estou estreando em blog. Eu tinha um há vários anos atrás, mas acabei desativando. Migrei recentemente para o Orkut, porém penso que na forma de blog eu posso ser mais útil. Postar informações mais detalhadas e textos mais extensos. Posso divulgar melhor o meu trabalho e as informações para os colegas e alunos.
Hoje particularmente li alguns artigos interessantes, principalmente com relação a omega-3. Leio muito hoje por conta da consultoria, porém também por conta de vício mesmo, estudo omega-3 há dezenas de anos. Hoje o que eu vi interessante foi um resumo de trabalho citando o uso de omega-3 no tratamento de boca seca em pacientes com Sjogren. Já seria esperado também em função de artigos anteriores usando omega-3, particularmente o flax seed em síndrome de olho seco. Eu sempre comparo, para esclarecimentos da principal função do omega-3, uma cerca de madeira. Onde as tábuas são pregadas lado a lado. Considero os ácidos graxos as tábuas de uma cerca. A cada dupla ligação, o ácido graxo sobre uma curvatura que pode ser para um lado ou para outro, dependendo se for cis ou trans. Imaginem então uma cerca, onde ácidos graxos estão distribuidos na forma ideal, saturado, poliinsaturado, monoinsaturado, cis. Todos bem distribuidos regulando a funcionalidade da membrana. Quando ingerimos concentrações diferentes, ácidos graxos trans e menos poliinsaturados e monoinsaturados tipo cis, a estrutura da membrana será diferente, consequentemente isso alterará a funcionalidade da membrana, a sinalização transmembrana, a facilidade ou dificuldade com que as proteinas transmembrana sofrem as alterações alostéricas, a funcionalidade de receptores. Muita atividade para a estrutura não é mesmo?
Hoje particularmente li alguns artigos interessantes, principalmente com relação a omega-3. Leio muito hoje por conta da consultoria, porém também por conta de vício mesmo, estudo omega-3 há dezenas de anos. Hoje o que eu vi interessante foi um resumo de trabalho citando o uso de omega-3 no tratamento de boca seca em pacientes com Sjogren. Já seria esperado também em função de artigos anteriores usando omega-3, particularmente o flax seed em síndrome de olho seco. Eu sempre comparo, para esclarecimentos da principal função do omega-3, uma cerca de madeira. Onde as tábuas são pregadas lado a lado. Considero os ácidos graxos as tábuas de uma cerca. A cada dupla ligação, o ácido graxo sobre uma curvatura que pode ser para um lado ou para outro, dependendo se for cis ou trans. Imaginem então uma cerca, onde ácidos graxos estão distribuidos na forma ideal, saturado, poliinsaturado, monoinsaturado, cis. Todos bem distribuidos regulando a funcionalidade da membrana. Quando ingerimos concentrações diferentes, ácidos graxos trans e menos poliinsaturados e monoinsaturados tipo cis, a estrutura da membrana será diferente, consequentemente isso alterará a funcionalidade da membrana, a sinalização transmembrana, a facilidade ou dificuldade com que as proteinas transmembrana sofrem as alterações alostéricas, a funcionalidade de receptores. Muita atividade para a estrutura não é mesmo?
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