domingo, 16 de novembro de 2008

Carnitina

Venho sistematicamente estudando a carnitina já há alguns anos, na verdade varios anos. Há trabalhos contraditorios sobre seu efeito, porém mais recentemente tem sido publicados trabalhos mostrando eficácia e comparação ao placebo. O motivo é bem simples, começou-se a triar o tipo de pesquisa a ser feita, bem como a dose usada tem uma avaliação prática mais pé no chão. Falo isso porque de alguns anos para cá, não se faz mais trabalhos com carnitina em baixa dose, partindo do pressuposto que a absorção é em torno de 15%, de uma dose de 1g espera-se a absorção de 150mg. O uso parenteral é sempre mais eficaz, daí os trabalhos tem usado ou dose ora grande (acima de 1g) ou parenteral. A dose para neuropatia diabética varia de 1g a 2g por dia, e há trabalhos com resultado já em 500mg, tem também demonstrado melhorar a atividade da insulina, bioquimicamente já comprovado. Há também estudos em fadiga central e fadiga muscular, principalmente em pacientes idosos. Estudos em doenças neurodegenerativas, doença cardiaca e outros. Mas eu vejo como altamente promissor o seu uso pós-hemodiálise, onde a diálise retira a carnitina da circulação sanguinea. Vejo também aplicaçoes boas como neuroprotetor e protetor mitocondrial. Na verdade ja há trabalhos nesta área com doença de Alzheimer. Em perda de peso há alguma coisa, mas ainda insipida, mas os estudos mostram efeito acima de 2g apenas. E não há mais aquela dúvida de dl-carnitina e l-carnitina, apenas a l-carnitina deve ser usada, ou seus derivados acetilados, propionados. A dl-carnitina, isomero racemico tem na verdade mostrado que a forma d compete com forma l e no final das contas o rendimento é minimo. Aquela historia que a dl-carnitina é para perda de peso ou outra coisa qualquer é invenção de quem não tem o que fazer.

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