sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ambiente

Recebi um convite para falar no congresso internacional de medicina ambiental em Manaus. Bem, espero poder ir, apenas há um impedimento, terei que falar no último dia, se der, pois estarei falando no meu evento em São Paulo sobre ortomolecular. Bem, estudo muito a relação com o ambiente. Em aulas eu sempre cito que o homem é predador de si mesmo, nós somos idiotas sem noção. Poluimos o nosso ambiente de tal forma que temos que conviver com a poluição,e o que é pior... não estamos adaptados a isso. Metais pesados, já falei neste blog, mas nós mesmo jogamos metais pesados no ambiente e depois temos que conviver com ele, e mais, jogamos ao nosso redor. Tintas ricas em chumbo, preservantes de madeira ricos em arsenio, suplementos de cálcio com chumbo, peises do mar com mercúrio, alimentos com metais como niquel, cromo. Há centenas de anos atrás o nivel de chumbo nos ossos dos cadáveres era cinquenta vez menor do que é hoje, e isso tem uma explicação, nós somos a explicação. Porém não é só isso. Há regiões no planeta onde há um excesso de metais tóxicos, por exemplo em Bangladesh há regiões onde o solo é rico em arsenio, naturalmente rico. Daí os que moram na região de solo rico em arsenio tem intoxicação, um exemplo é a pressão arterial, alta na região. Quando o indivíduo muda para outra região sem arsenio no solo, a pressão arterial diminui, se ele retorna, a pressão sobe. Além disso, temos áreas o Brasil ricas em arsenio no solo, e temos o solo de algumas áreas da Amazonia, rica em mercurio. Substancias organicas também devem ser consideradas, bisfenis policlorinados, os famosos PCBs são intoxicantes derivados de plásticos que nós colocamos na nossa dieta. Organofosforados e organoclorados que colocamos em nossos alimentos. Peguem os PCBs que são disruptores endócrinos e podem alterar o metabolismo de receptores de estrógenos. Ou matéria particulada no ar, comum em cidades grandes, partículas de tamanho de 2.5 a 10 micras tem o dom de causar inflamação endotelial e descolamento de placas. Há como atuar? talvez sim, a dieta talvez seja uma boa forma de diminuir a toxicidade ambiental, antioxidantes, estimulantes de enzimas detoxificantes, quelantes de metal tóxico e é lógico, evitar estes contatos. Eu particularmente acho que os PCBs podem ser compensados por flavonas e flavonóides que atuem em receptores beta-estradiol. Omega-3 pode compensar a toxicidade de matéria particulada. Estimulantes de metabolismo como glicosinolatos e isotiocianatos somados a uma dieta adequada podem ajudar a eliminar mais rapidamente os metais tóxicos e substancias organicas nucleofílicas. Há também os medicamentos quelantes, como o EDTA, deferoxamina, penicilamina, n-acetilcisteína, etc. Respiramos, comemos e bebemos substancias indesejáveis. ATé quando comemos um churrasco, aminas heterociclicas entram no nosso corpo e são carcinogenicas. Fugir? difícil. Combater? difícil. Apenas podemos fazer o nosso melhor, mas se voce tem polimorfismo para GST por exemplo, o seu risco será maior.

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