segunda-feira, 30 de março de 2009

Fígado e ites

O fígado é um órgão de impacto. Além de metabolismo de produtos endógenos e exógenos, acaba sendo o primeiro órgão nobre onde passam os nutrientes após absorção gastrointestinal, como tal metaboliza produtos tóxicos e não-tóxicos, impactando metabolicamente os derivados de nutrientes que tenham perfil metabólico imediato no fígado. A hepatite pode ocorrer por vários mecanismos detonantes, drogas, álcool, ácidos graxos, virus. O estranho é que estes processos todos acabam culminando em cirrose por um único mecanismo, a formação de radicais livres que geram inflamação, ativação de células de Kupfer, produção de óxido nitrico e fator de crescimento e transformação do tecido e fibronectina. Estes interagindo entre si acabam por fim dando na cirrose. A celula estrelada hepática sofre alteração epigenética, eu penso que por conta do TGF-beta e do óxido nitrico e começa a agir como um miofibroblastos, produzindo fibras, a fibronectina faz o efeito final. Bem, no final das contas, antioxidantes sempre serão interessantes para o fígado. Zinco tem demonstrado um ótimo efeito por produzir metalotioneinas nos tecidos, mesmo efeito dele tópico. Polifenois como os constituintes da silimarina também dão um benefício bom, porém alguns polifenóis mostram benefício em baixar TGF-beta, diminuir produção de fibronectina e óxido nitrico, estes sim serão fantásticos para uso, como os do Ginkgo biloba, acredito eu podendo até reverter cirrose estabelecida, isso já foi feito em animais. Além disso, a glutationa é uma molécula importante neste quesito, penso que a n-acetilcisteína seria um bom suplemento também neste caso por formar a glutationa. Outro produto que desponta é a leucina, anabolizante do hepatócito. Então se querem fazer uma fórmula para o fígado, eu sugiro que ela contenha zinco, leucina, n-acetilcisteína, ginkgo biloba e se puder, silimarina. Intervenções dietéticas com baixa ingestão de ácidos graxos saturados e trans e ferro seriam sinérgicos.

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